
Todos em algum momento de conversa comigo devem ter notado o quanto eu gosto e falo bastante dessa avenida, então resolvi escrever um texto para que entendam perfeitamente meu sentimento quando eu ando pelo coração da cidade de São Paulo, numa tarde no meio da semana, fazendo 18 graus e com uma leve garoa.
São Paulo, maior metrópole brasileira, um verdadeiro emaranhado de pessoas e coisas interessantes para serem desvendadas, Sampa pulsa, Sampa tem vida própria, mas de todos os lugares fantásticos que conheci lá, nenhum deles consegue me tocar tanto quanto a Av. Paulista, as vezes não entendo bem por que...
É um sentimento engraçado de liberdade que se apodera de mim, não sei se é por que estou há mais de 3000 km de casa andando só em uma das maiores avenidas do país, talvez não, acho que se morasse lá também ia sentir isso, acho que é alguma coisa no ar. Não que eu tenha a preocupação de ser comum, toda minha vida eu fui taxado de incomum pelos outros, acho que me acostumei...
Mas na Paulista é interessante, você anda na multidão e parece invisível, não por que você é normal, longe disso, mas por que não importa que você seja incomum existem tantos outros 'incomuns' que você pode ser você sem medo e você anda as 16h, com uma sacola de roupas numa mão e na outra um chocolate gelado com doce de leite e chantily, do Pátio Paulista até a Livraria Cultura do Espaço Nacional...
Parafraseando a famosa música...
'Alguma coisa acontece no meu coração.
Que só quando eu cruzo a Paulista e a Consolação...'